Inclusão pelo esporte
Thaís Bueno,
especial para A Gazeta
Adriano, Gabriel Jesus, Marta, Rafaela Silva. Estes são apenas alguns dos nomes de atletas brasileiros que tiveram suas vidas transformadas pelo esporte, principal objetivo da Fundação Esportiva Educacional Pró Criança e Adolescente (Eprocad).
Fundada em 1985 como uma entidade de apoio ao desenvolvimento do esporte na cidade de Santana de Parnaíba, localizada na zona Oeste de São Paulo, a instituição utiliza o esporte como ferramenta de transformação social. Para isso, tem como base modelos e metodologias que buscam estimular diferentes competências e habilidades.
“A ideia é promover atividades que estimulem o desenvolvimento motor para crianças através da ludicidade, dança e condicionamento físico, atividades transversais complementares, onde buscamos, por meio do esporte, trazer a reflexão de diversos temas como o racismo e bullying para dentro do jogo”, explica Thomas Neves de Freitas, supervisor de projetos da Fundação Eprocad.
Atualmente, existem sete projetos em diversos núcleos de atendimento, com atividades seguroque contemplam o futebol masculino e feminino. A entidade também trabalha com práticas corporais, com a intenção de proporcionar o uso da metodologia Futebol3. A técnica desenvolve competências pessoais, sociais e emocionais e diversas outras habilidades para a vida.
A Eprocad atende crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos, independentemente de raça, credo, gênero e realidade social. “Buscamos possibilitar, por meio do esporte, a inclusão social de atendidos e suas famílias”, destaca o profissional.
Hoje, a principal zona de atuação da Fundação é a região metropolitana Oeste de São Paulo, onde fazem parcerias com o poder público, escolas municipais, estaduais e parques municipais. Foi justamente através de uma parceria com a Rede Streetfootballworld e o apoio do movimento Fifa (Federação Internacional de Futebol) que a Eprocad esteve em diversos países, como África do Sul, Argentina, Catar, Alemanha, Portugal e França. A instituição participou de festivais que promovem o intercâmbio com várias organizações e que também utilizam o futebol como ferramenta educacional.
“Possibilitar a aproximação de grupos sociais que não têm pleno acesso à prática do esporte é contribuir com a inclusão social por meio deste. Nos últimos anos, estamos buscando ampliar o alcance de nossas atividades esportivas e potencializando cada vez mais o número de atendidos e atendimentos”, afirma Thomas.
Em 2022, por exemplo, a Eprocad atendeu cerca de 1.400 beneficiados diretamente e, indiretamente, cerca de 5.600, realizando mais de 6 mil horas de atividade física (dentro das mais de 3.936 atividades ofertadas). A entidade recebeu, também no ano passado, por sua atuação, o prêmio de melhor ONG do Brasil na categoria esporte.